O desenvolvimento biomédico e científico necessita da experimentação animal, suscitando, no entanto, questões éticas que não podem ser ignoradas. Os nossos jovens são, cada vez mais, sensíveis a estas questões. No sentido de esclarecer estas questões, recebemos no dia 7 de novembro, o Dr. Nuno Franco, biólogo de formação e investigador no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, i3S. Faz parte, também, do Órgão Responsável pelo Bem-estar e Ética Animal (ORBEA) do i3S.
Durante a sessão de esclarecimento, o diálogo com os alunos de Ciências e Tecnologias foi frequente, e tomámos consciência de algumas práticas que tranquilizam os mais apreensivos:
- a experimentação animal é uma atividade altamente regulamentada em Portugal. A lei em vigor exige que nenhum projeto científico possa ser autorizado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) sem avaliação do impacto nos animais e do benefício esperado dos estudos, cabendo aos investigadores demonstrar o cumprimento dos 3Rs – Replace | Reduce | Refine (Substituir, Reduzir, Refinar);
- aos animais utilizados na experimentação são dados cuidados veterinários de acordo com a severidade das intervenções;
- todas as pessoas que pretendam vir a executar as funções de realização de procedimentos em animais têm que adquirir formação em “Ciência de Animais de Laboratório”.
Agradecemos ao Dr. Nuno Franco pelos esclarecimentos e pelo seu trabalho na melhoria do bem-estar dos animais necessários à evolução do conhecimento científico.